Como forma de garantir a devida manutenção e, sobretudo, o funcionamento do Estádio Municipal Antonio Fernandes, o vereador Mário Lúcio da Conceição (PR) apresentou proposta, na sessão legislativa desta terça-feira (3/9), que prevê a concessão do equipamento público à iniciativa privada. O assunto deve ser discutido pelos vereadores ao longo das próximas semanas e, também, analisado pelo prefeito Válter Suman (PSB).
PACAEMBU
A proposta apresentada por Mário Lúcio segue os mesmos moldes já adotados pela Prefeitura de São Paulo, em relação ao Estádio do Pacaembu. Lá, um consórcio de empresas assumiu o gerenciamento do equipamento, ainda em fevereiro, mediante a oferta de mais de R$ 110 milhões, que estão sendo investidos em infraestrutura, conservação e modernização.
Em contrapartida, o consórcio vencedor pode explorar economicamente o estádio, ao longo dos próximos 35 anos, ainda que sob a condição de manter aberto ao público espaços que já oferecem atividades gratuitas de esporte e lazer - como é o caso da piscina e outros espaços do complexo esportivo.
MODELO IDEAL
"Esse é o modelo que seria ideal para o Estádio Antonio Fernandes, pois garante a manutenção do equipamento e, ao mesmo tempo, a continuidade dos serviços que são oferecidos à população", resume o vereador, ao lembrar que, da mesma forma que no Pacaembu, a arena guarujaense também oferece atividades ao público - e que devem ser mantidas.
Na justificativa à proposta, Mário Lúcio destaca a necessidade de melhorias nas estruturas do estádio, como reformas no sistema elétrico e hidráulico, novos assentos nas arquibancadas, pista de atletismo, reformas nos banheiros existentes, vestiário, lanchonete e geradores para evitar quedas de energia elétrica durante as partidas, assim como em eventos.
"São medidas que demandam custos muito altos e pouco rentáveis para as administrações municipais. Prova disso é a situação deficitária verificada em nosso estádio, que tem deixado de ser utilizado por conta de limitações orçamentárias", enfatiza o autor da proposta.
PRÓXIMOS PASSOS
O assunto ainda será discutido pelos vereadores, assim como pelo prefeito Válter Suman. Caso haja convergência em relação à proposta, um projeto de lei deve ser pautado pela Câmara Municipal, de modo a autorizar a realização de procedimento licitatório necessário.