"Temos equipamentos do Século 21 e continuamos fazendo políticas como se estivéssemos no Século 16. Eu quero transformar a Câmara em um poder que tenha qualidade nos serviços e, para que isso ocorra, é preciso mudanças radicais, desde a estrutura física até a operacional". A proposta é do atual presidente da Câmara de Guarujá, vereador Marcelo Squassoni (PRB), que pretende dar, em seis meses, uma nova roupagem ao Legislativo de Guarujá.
De imediato, o atual presidente revela que a Casa foi construída para acomodar 23 legisladores e, somente com 17, foi necessário ampliar os gabinetes, proporcionando mais conforto aos vereadores. "Também estamos revendo a parte elétrica de Casa, que apresentou problemas. Em contato com a empresa, conseguimos uma revisão. Em ambos os casos, não houve gasto algum".
Outro alvo de atenção da Casa é a questão de mobilidade. A rampa de acesso, localizada na porta principal do Legislativo, apresentava um erro de construção, com um declive inadequado para portadores de necessidades especiais. "Estava fora do padrão previsto nas normas técnicas e também foi refeito sem custos adicionais. Estamos cobrando das empresas correção dos pontos falhos sem gastar dinheiro público".
O presidente revela que o sistema de ar-condicionado também está sendo revisto porque, apesar de novo, apontou problemas em alguns pontos. "Estamos revendo alguns contratos e preparando outros que possam garantir que os departamentos da Câmara não apresentem mais problemas estruturais", afirma, alertando que o sistema de catraca já entrou em operação na Casa, como forma de segurança.
Pessoal
Com relação aos funcionários, o presidente disse que pretende contratar uma empresa para treinar os servidores, com objetivo de obter a certificação de qualidade ISO. "A intenção é preparar os funcionários para os desafios presentes e futuros. O trabalho deles se tornará eficiente e isso trará benefícios aos vereadores e à população".
Squassoni disse que pretende promover ainda a digitalização de todo o material da Casa. "Vamos acabar com o papel nas sessões. Teremos um painel no plenário e cada vereador terá o seu tablet, equipamento que servirá para tudo, até para votar as propostas e discussões", conta o presidente, alertando que somente essa medida irá proporcionar uma economia de 2.800 folhas de papel por mês – média de 700 folhas por sessão.
Segundo o presidente, é interessante lembrar que hoje a Câmara possui um pregoeiro (um funcionário do próprio Legislativo) e um assessor de Imprensa, para facilitar o acesso às informações. "Vamos promover um concurso ainda este ano. A ideia é contratar entre 15 e 20 funcionários, para melhorar o Legislativo".
O atual presidente desistiu de comprar veículos para a Câmara e vai optar por alugá-los. "Não vamos mais nos preocupar com manutenção, seguro e outros custos. Não vale a pena ter carro próprio", acredita, alertando inclusive que a utilização dos veículos será controlada. "Os carros terão GPS. Será uma segurança para a Casa e para o próprio vereador", completa.
Segundo Marcelo Squassoni, há intenção de utilizar mais o Diário Oficial de Guarujá. "Queremos matérias e não somente atos oficiais. É preciso utilizar esse espaço de forma a promover transparência e facilitar o entendimento dos assuntos mais importantes que estão sendo discutidos na Casa".
Finalizando, o presidente revela que o Legislativo de Guarujá adotou o projeto Câmara Itinerante, que permite que pelo menos quatro vezes ao ano as sessões aconteçam nos bairros e não no prédio legislativo. "Não haverá votação e será uma espécie de audiência pública. Quero mudar a cara e a alma da Câmara de Guarujá", finaliza.
MATÉRIA PUBLICADA DOMINGO (31/03), NO JORNAL DIÁRIO DO LITORAL