Durante sua participação no Programa Tuca Jr, que foi ao ar na última terça-feira (23), o vereador Gilberto Benzi (PDT) voltou a defender a intervenção por parte da Prefeitura de Guarujá e da Codesp nos terminais portuários, delimitando sua capacidade operacional até que as obras de infraestrutura sejam concluídas.
Para o vereador essa seria a única solução para por um fim aos frequentes congestionamentos em Vicente de Carvalho, que têm prejudicado os moradores e afastando os turistas do município. Em tom enfático, Benzi definiu como um verdadeiro crime as recentes divulgações sobre os recordes de movimentação portuária, enquanto a população fica completamente ilhada.
“Eles (terminais portuários) não estão preocupados com a cidade, eles estão preocupados somente em escoar e fazer com que nós tenhamos o “prazer”, ou o desprazer de, há duas semanas, ler num jornal de grande circulação que o porto bateu mais um recorde. Gente, a que preço nós estamos batendo sucessivos recordes? Na minha concepção o governo municipal junto com a Codesp tinha que intervir nos terminais, fazendo-os reduzirem a sua capacidade de funcionamento até que esses gargalos logísticos fossem sanados. [...] Neste momento é um crime falar de recorde de movimentação portuária, deixando a população completamente ilhada”.
Vale lembrar que essa é uma ideia defendida já há algum tempo pelo vereador, desde a primeira crise logística ocorrida em março de 2013, que praticamente parou Guarujá e Vicente de Carvalho.
Ainda durante a entrevista, Benzi defendeu a criação definitiva do Porto de Guarujá, inclusive com a implementação de um posto alfandegário no município, dando a Guarujá a sua justa parcela dos recursos da movimentação portuária, hoje recolhida em sua grande parte por Santos.
“Nós temos uma evasão de divisas muito grande, quem fica realmente com o glacê da festa é Santos. Guarujá só está ficando com a poeira, com o transtorno, com a lama, como os buracos. A receita, a grana mesmo, está ficando em Santos, então nós queremos reivindicar que haja a separação, que tenhamos dois portos”.