PORTO DE GUARUJÁ, UM DIREITO LEGAL E MORAL

Lendo as últimas notícias e declarações da Codesp, órgão gestor do porto, sobre a possibilidade de autonomia do Porto de Guarujá, fica cada vez mais claro que o receio da Companhia Docas vai além da esfera fiscal, é um temor aristocrático de quem não aceita, em hipótese alguma, perder seu status de grandeza.

Sim, porque relegar ao Guarujá, ao Itapema, a alcunha de Margem Esquerda do Porto de Santos, é a forma mais simples e cômoda de manter o prestígio do cais santista como “o maior Porto da América Latina”, de afirmar que 67% do PIB nacional passa por Santos e por aí vai.

Quando a Codesp contraria a Normativa da Receita Federal nº 1.470, de 2014, que a obriga a ter um CNPJ em Guarujá, (o artigo 3º da norma é claro nesse sentido), fica evidente que a questão extrapola a frieza da lei, fica evidente que a Codesp não reconhece e nem pretende reconhecer o papel de Guarujá no desenvolvimento portuário.

Por isso, é o momento de nós, guarujaenses, que amamos e queremos o desenvolvimento de nossa cidade, abraçar essa luta.

Podemos escrever um novo futuro, onde Guarujá terá um dos maiores portos da América, com mais de 9 milhões de m², incluindo o cais, o Retroporto e o CING, gerando renda e trabalho de qualidade para nossa população e melhorando de maneira significativa os serviços como saúde, segurança e educação.

Vamos reivindicar o que é de nosso município por direito legal e moral.

Guarujá merece, Vicente de Carvalho merece e, principalmente, nossa população merece.

28/06/2015

Gilberto Benzi
Vereador e presidente da Comissão de Portos, Aeroportos e Transportes, da Câmara Municipal