FALTA DE ACORDO ENTRE SINDICATOS EMPERRA VOTAÇÃO DE AUMENTO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
A matéria, que já tramita na Câmara Municipal desde setembro, não pode ser votada pelos vereadores sem que haja documento comprovando a anuência das entidades que representam os trabalhadores em relação à oferta feita
A falta de consenso entre os dois sindicatos que representam os servidores públicos de Guarujá (Sindserv e Siproen) tem provocado seguidos adiamentos à votação do projeto de lei que prevê o reajuste anual da categoria. A matéria, que já tramita na Câmara Municipal desde setembro, não pode ser votada pelos vereadores sem que haja documento comprovando a anuência das entidades que representam os trabalhadores em relação à oferta feita.
Resolução (nº 26/2014), aprovada em outubro de 2014, tornou desde então obrigatório, no Regimento Interno da Câmara Municipal, que toda proposta de reajuste salarial seja analisada somente após convenção e assembleia dos servidores.
O dispositivo, de autoria do vereador Edilson Dias (PT), foi criado justamente após impasse semelhante, ocorrido no mesmo ano. Na ocasião, por três semanas houve discussões entre sindicalistas, representantes do Executivo e do Legislativo, por conta da falta de consenso entre os membros da categoria.
NICOLACI EXPLICA
"Dessa forma, evitamos feridas que foram causadas no dissídio do ano passado, quando o Executivo agiu com truculência, tratando os funcionários, especialmente os professores, como adversários e jogando a população contra eles. A partir da criação dessa Resolução, não houve mais como fazer esse jogo de empurra-empurra, jogando a responsabilidade para os vereadores. A Câmara só vota agora a proposta que for de consenso das duas categorias. E é o que estamos esperando", esclarece o vereador e presidente do Legislativo Municipal de Guarujá, Ronald Nicolaci Fincatti (Pros).
REUNIÃO
Nesta segunda-feira (16), ele e o vereador Toninho Salgado (PDT) estiveram reunidos com representantes do Siproen, a quem expuseram a situação e pediram empenho dos diretores da entidade a fim de buscar uma solução de comum acordo com o outro sindicato. O mesmo já havia sido feito em setembro, quando vereadores receberam uma comitiva de representantes do Sindserv.
"No caso atual, enquanto o Siproen cobra o reajuste linear, de 1,9%, incorporados aos vencimentos, conforme acordado no dissídio do ano passado, o Sindserv, por sua vez, defende a incoporação salarial do abono, de R$ 200,00, que foi concedido à época", explica o vereador Toninho Salgado.
Ainda segundo ele, a Prefeitura manteve o que foi acordado, no último dissídio, e encaminhou à Câmara projeto de lei propondo o aumento de 1,9% conforme defende o Siproen. Só que a proposta sofre resistência do Sindserv. "Como não havia essa ata comprovando a anuência dos dois sindicatos, foi solicitado através do líder do governo (Jaiminho, Pros) o adiamento da votação e agora estamos no aguardo de um posicionamento", enfatiza Salgado, deixando claro que a questão atualmente depende unica e exclusivamente das entidades que representam os trabalhadores. "Tão logo isso seja resolvido, votaremos sem nenhum problema. Mas, antes de mais nada, é preciso cumprir o que está na lei".
Publicado em: 16 de novembro de 2015
Publicado por: Assessoria de Imprensa
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Categoria: Notícias da Câmara